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domingo, 30 de setembro de 2018

Escrito por em 30.9.18 com 0 comentários

24 Horas (II)

E hoje teremos a segunda parte do post sobre a série 24 Horas!


No final de 2007, aconteceria uma greve dos roteiristas nos Estados Unidos, que prejudicaria várias séries - algumas tiveram de ter suas temporadas que estavam no ar abreviadas, outras, como 24 horas, o início de suas temporadas seguintes adiados. Devido a questões de grade, a Fox optaria por não exibir uma nova temporada de 24 Horas em 2008, empurrando a sétima temporada para 2009. Surnow e Cochran não ficaram satisfeitos com isso, e decidiram pegar a sinopse da sétima temporada e transformar em um filme para a TV, que seria exibido em 2008, para que não se passasse um ano inteiro sem 24 Horas no ar. Esse filme, chamado 24 Horas: A Redenção (24: Redemption), seria escrito pelo produtor executivo da série, Howard Gordon (já que os roteiristas estavam em greve), e dirigido pelo premiado Jon Cassar. Infelizmente, atrasos nas filmagens fariam com que ele estreasse apenas em 23 de novembro de 2008, o que quase fez com que de fato Jack ficasse um ano sem dar as caras.

O filme é ambientado em dois locais: Washington D.C., capital dos Estados Unidos, e Sangala, um fictício país da África no qual Jack foi viver após os eventos da sexta temporada. Assim como na série, os eventos ocorrem em tempo real, dessa vez felizmente não em 24 horas, mas em 90 minutos, começando às três da tarde, horário de Sangala. Quando o filme foi ser lançado em DVD, uma versão estendida, chamada de "versão do diretor", também foi lançada, com 102 minutos, ainda respeitando o tempo real. Em relação à série, o filme se passa quatro anos depois da sexta temporada.

O antagonista do filme é o General Juma (Tony Todd), que planeja dar um golpe de estado e assumir o poder. Jack está trabalhando como missionário em uma escola montada por seu amigo Carl Benton (Robert Carlyle), quando a situação fica insustentável, e o governo dos Estados Unidos pede para que todos os cidadãos norte-americanos no país se dirijam à embaixada para serem evacuados. Jack e Benton decidem levar as crianças à embaixada para tentar salvá-las também, mas são perseguidos por Iké Dubaku (Hakeem Kae-Kazim), coronel do exército de Juma, que quer se vingar de Jack por ele ter matado seu irmão. Enquanto isso, nos Estados Unidos, é dia da posse da nova Presidente, Allison Taylor (Cherry Jones), cujo filho, Roger (Eric Lively), descobre acidentalmente uma conspiração para permitir um ataque de Juma ao país. Outros personagens do filme incluem Henry Taylor (Colm Feore), marido de Allison; Jonas Hodges (Jon Voight), empresário norte-americano que tem negócios em Sangala; Chris Whitley (Kris Lemche), amigo de Roger que descobre os planos de Juma; Samantha Roth (Carly Pope), namorada de Roger; Edward Vossler (Mark Kiely), agente do Serviço Secreto responsável pela proteção de Roger; Frank Tramell (Gil Bellows), oficial de justiça que quer levar Jack a julgamento nos Estados Unidos; Ule Matobo (Isaach de Bankolé), o Primeiro-Ministro de Sangala; John Quinn (Sebastian Roche), assassino profissional que trabalha nos Estados Unidos para assegurar os interesses de Juma; Charles Solenz (Sean Cameron Michael), boina-azul da ONU que também trabalha na escola de Benton; e Willie (Siyabulela Ramba), aluno da escola que se afeiçoa a Jack. Além de Jack, apenas outros três personagens da série aparecem no filme: Daniels, que está passando o cargo a Allison; Kanin, promovido a Chefe de Gabinete da nova Presidente; e Lennox.

O filme seria extremamente bem sucedido tanto em termos de público, com audiência superior a 12 milhões de espectadores, quanto de crítica, com a atuação de Sutherland e o roteiro da história pessoal de Jack sendo extremamente elogiados. O filme seria indicado a cinco Emmys e um Globo de Ouro (para Sutherland, de Melhor Ator em Minissérie ou Filme para a TV), mas, infelizmente, não ganharia nenhum prêmio.

Os produtores aproveitariam o sucesso do filme para estender seu enredo para a sétima temporada, que, em sua primeira metade, trataria do ataque de forças comandadas por Juma à Casa Branca; na segunda, terroristas se aproveitam da confusão criada por Juma para se apossar de uma arma química, que planejam usar contra cidades norte-americanas. Além disso, a CTU foi desfeita, e Jack está sendo investigado por um comitê do Senado por atos de tortura cometidos enquanto trabalhava para o órgão; ele se envolve nos eventos da temporada quando é requisitado pela agente do FBI Renée Walker (Annie Wersching) para atuar como consultor, devido a seu passado em Sangala. Ambientada dois meses após o filme, a sétima temporada tem seu primeiro episódio começando às oito da manhã, e foi exibida entre 11 de janeiro e 18 de maio de 2009.

Além de Jack, retornam das temporadas anteriores Chloe, Morris, Buchanan, Tony, Kanin, Kim, Pierce e a Dra. Mercer. Do filme, retornam Allison, Henry, Samantha, Vossler, Hodges, Juma, Dubaku, Matobo e Quinn. Além de Renée, os personagens novos incluem Larry Moss (Jeffrey Nordling), chefe da divisão do FBI encarregada de impedir Juma; os analistas do FBI Sean Hillinger (Rhys Coiro) e Janis Gold (Janeane Garofalo); o agente do Serviço Secreto Brian Gedge (Warren Kole); Mitchell Hayworth (Cameron Daddo), o Vice-Presidente dos Estados Unidos; Tim Woods (Frank John Hughes), diretor do Departamento de Segurança Nacional; Olivia Taylor (Sprague Grayden), filha da Presidente; Michael Latham (John Billingsley), criador do firewall do governo e alvo dos terroristas; David Emerson (Peter Wingfield), mercenário contratado por Juma para sequestrar Matobo; Greg Seaton (Rory Cochrane), assessor de Hodges; Alan Wilson (Will Patton), líder dos terroristas que querem usar a arma química; Cara Bowden (Amy Price-Francis), braço-direito de Wilson; Marika Donoso (Enuka Okuma), mulher que se envolve romanticamente com Dubaku sem saber quem ele é realmente; e Blaine Meyer (Kurtwood Smith), Senador que lidera o inquérito contra Jack.

A ideia original dos produtores era fazer a sétima temporada totalmente ambientada na África, para tentar revitalizar a série após o fracasso da sexta temporada. Durante a produção do filme, os produtores chegariam à conclusão de que isso seria impossível, por motivos financeiros: não havia nenhum local nos Estados Unidos ou Canadá no qual eles pudessem filmar fingindo que estavam na África, de modo que as filmagens tiveram de ocorrer na Cidade do Cabo, na África do Sul, e, tendo como base os custos do filme, os custos de se fazer uma temporada inteira no continente africano acabariam sendo proibitivos. Assim, eles prefeririam fazer com que, no final do filme, Jack retornasse para os Estados Unidos, para que a sétima temporada pudesse ser ambientada lá; ainda assim, haveria uma mudança: a sétima temporada é ambientada em Washington D.C., o que faz dela a primeira da série cujos eventos não ocorrem em Los Angeles. A mudança de ares seria bem-vinda, resultando em boa audiência e boas críticas; a sétima temporada receberia cinco indicações ao Emmy, ganhando um, o de Melhor Atriz Coadjuvante em uma Série de TV de Drama, para Cherry Jones.

Sentindo que faria bem mudar de ares novamente, os produtores decidiriam que a oitava temporada seria ambientada em Nova Iorque, e, para tanto, bolaram um enredo que envolvia as Nações Unidas: o Presidente de um fictício país árabe chamado Kamistão está na ONU para assinar um tratado de paz histórico entre seu país, os Estados Unidos e a Rússia; infelizmente, uma facção dentro de seu país não concorda com a paz, e deseja adquirir hastes nucleares da máfia russa para realizar um atentado em Nova Iorque no dia da assinatura do tratado. Jack, que está morando em Nova Iorque desde o final da temporada anterior, não quer mais saber de nada ligado ao governo, e deseja voltar a Los Angeles para morar com Kim, acaba mais uma vez envolvido quando um de seus antigos contatos o procura com informações sobre o plano da facção. Ele leva a informação para a CTU, que foi reativada, mas, como a maioria dos novos agentes tem pouca experiência com terrorismo doméstico, acaba concordando em ajudá-los. Na segunda metade da temporada, depois que o ataque nuclear é evitado, Jack decide ir mais a fundo na investigação e descobre que membros do governo da Rússia estão envolvidos, planejando expô-los.

Além de Jack e Kim, retornam Chloe, Renée, Allison, Kanin, Woods, Logan e Suvarov. Os muitos novos personagens envolvem o diretor da CTU de Nova Iorque, Brian Hastings (Mykelti Williamson); os analistas da CTU Dana Walsh (Katee Sackhoff) e Arlo Glass (John Boyd); o principal agente da CTU, Cole Ortiz (Freddie Prinze, Jr.); Kevin Wade (Clayne Crawford), ex-namorado de Dana que quer chantageá-la por dinheiro; Bill Prady (Stephen Root), o oficial de condicional de Kevin; o Presidente do Kamistão, Omar Hassan (Anil Kapoor), sua esposa, Dalia (Necar Zadegan), e sua filha, Kayla (Nazneen Contractor); Rob Weiss (Chris Diamantopoulos), o Chefe de Gabinete da Presidente Taylor; Tarin Faroush (T.J. Hamini), o Chefe de Segurança do Presidente Hassan; Farhad Hassan (Akbar Kurtha), irmão do Presidente e seu Chefe de Gabinete; Samir Mehran (Mido Hamada), o líder dos terroristas; Jason Pillar (Reed Diamond), assessor de Logan; Mikhail Novakovich (Graham McTavish), o Ministro do Exterior russo; Sergei Bazhaev (Jürgen Prochnow), mafioso russo que está vendendo as hastes, e seu filho desobediente, Josef (David Anders); Pavel Tolkarev (Joel Bissonnette), assassino de aluguel russo; Vladimir Laitanan (Callum Keth Rennie), traficante de armas russo; Meredith Reed (Jennifer Westfeldt), jornalista norte-americana que tem um caso com o Presidente Hassan; e Jim Ricker (Michael Madsen), um antigo aliado de Jack.

A oitava temporada seria exibida entre 17 de janeiro e 24 de maio de 2010; ambientada um ano e meio após o fim da sétima, seu primeiro episódio começa às quatro da tarde. Ela seria indicada a cinco Emmys, ganhando dois: Melhor Edição de Som para uma Série de TV e Melhor Composição Musical para uma Série de TV de Drama. Diante dos bons números e boas críticas, a Fox tentaria renovar para uma nona temporada, mas, antes mesmo de a oitava estrear, Cochran achou que estava na hora de parar, para sair por cima, com a oitava temporada já sendo promovida como "a temporada final".

Quando ocorreu a greve de roteiristas de 2007, Surnow e Cochran chegaram a cogitar fazer um filme para o cinema, ambientado em Londres, Praga e no Marrocos; ao ver que seria impossível concluir todo o processo de produção em um ano, acabaram optando por transformar a sinopse da sétima temporada em um filme para a TV, mas a ideia de fazer um filme para o cinema jamais seria abandonada. Com o fim da série, após a oitava temporada, os planos para o filme seriam ressuscitados, e diversas reuniões seriam agendadas entre os produtores e a Fox para se definir os detalhes. Na primeira delas, ficaria definido que Surnow, Cochran, Gordon e Sutherland seriam os produtores, e que Billy Ray (de Em Defesa da Honra e Plano de Voo) escreveria o roteiro. Também ficaria definido que o filme não seria em tempo real, cobrindo um intervalo de 24 horas em aproximadamente 120 minutos (duas horas, para quem não quiser fazer a conta), e que a produção começaria no início de 2011.

Em dezembro de 2010, entretanto, a Fox rejeitaria o roteiro de Ray, alegando que ele era fraco. Gordon, envolvido com outros projetos, decidiria se desligar da produção, e seria substituído por Brian Grazer. No início de 2011, a Fox convidaria o diretor Tony Scott (de Jogo de Espiões) para dirigir o filme. Scott teria uma ideia para o enredo, e chegaria a conversar com Sutherland sobre a melhor forma de desenvolvê-la.

Em abril de 2011, Grazer declararia que o roteiro já estava quase concluído, tendo ficado a cargo de Mark Bomback (de Duro de Matar 4.0). Se tudo corresse bem, as gravações começariam no início de 2012, com o filme sendo lançado no final daquele ano. Em março de 2012, contudo, a Fox suspenderia a produção do filme indefinidamente, alegando que seus custos superariam o orçamento reservado por ela para a produção, e que Sutherland, então já protagonizando uma nova série, Touch, não conseguiria começar a gravar suas cenas em abril como planejado. Em julho, Sutherland diria, em uma entrevista, que o filme não havia sido cancelado, e que a produção seria retomada "em breve", para que as filmagens começassem em 2013. Mas aí, em agosto de 2012, ocorreria o falecimento de Scott, o que faria com que a produção fosse oficialmente interrompida pela Fox. Grazer ainda tentaria convencer a Fox a retomar a produção até maio de 2013, quando o filme seria definitivamente cancelado.

Após o cancelamento do filme, o presidente da Fox, Kevin Reilly, ofereceria a Grazer a produção de uma "série limitada" de 24 Horas, essencialmente uma nova temporada, mas de apenas 12 episódios, a quantidade mais comum para séries hoje em dia. Baseada em uma sinopse escrita por Gordon, e apelidada de "nona temporada", a nova série se chamaria 24 Horas: Viva Um Novo Dia (24: Live Another Day), e, a princípio, não seria exatamente em tempo real, tendo "saltos" em meio aos episódios para que as 24 horas pudessem ser encaixadas em 12 episódios; durante a criação dos roteiros, porém, Grazer preferiria manter o tempo real, de forma que a única "passagem artificial" de tempo ocorre no final do último episódio - o primeiro começa às 11 de manhã, e, quando as 11 da noite estão se aproximando, há uma passagem de 12 horas, para que o último também termine às 11 da manhã. Viva Um Novo Dia seria exibida entre 5 de maio e 14 de julho de 2014, e seria indicada a três Emmys, não ganhando nenhum.

Viva Um Novo Dia é ambientada em Londres, Inglaterra, quatro anos após o final da oitava temporada. No dia em que ela ocorre, Heller, agora Presidente dos Estados Unidos, está visitando o Reino Unido, onde negocia um tratado de paz. Jack, que já não trabalha mais para o governo, acidentalmente descobre um plano para assassinar Heller, e, como não pode entrar em contato com as autoridades, recorre a Chloe, que também está vivendo em Londres, e agora faz parte de um grupo de hackers que espalha informação governamental confidencial pela internet. Apesar de ter a metade dos episódios, Viva Um Novo Dia segue a fórmula de duas ameaças em uma temporada popularizada pela série: primeiro, Jack tem a missão de encontrar a líder dos terroristas que querem assassinar Heller, que pretende fazer isso tomando o controle de um drone militar norte-americano; depois, ele tem que impedir Cheng Zhi, que planeja atacar a China com os drones norte-americanos e colocar a culpa nos Estados Unidos, causando uma guerra entre os dois países.

Além de Jack, Chloe, Heller e Cheng Zhi, a única personagem da série presente em Viva Um Novo Dia é Audrey, que agora está casada com Mark Boudreau (Tate Donovan), assessor do Presidente Heller. Além dele, os novos personagens incluem Kate Morgan (Yvonne Strahovski), agente da CIA que acredita que Jack está envolvido no plano para assassinar Heller; Erik Ritter (Gbenga Akinnagbe), agente da CIA que também quer prender Jack, e não vai com a cara de Morgan; Steve Navarro (Benjamin Bratt), o chefe da seção da CIA em Londres, que coordena a operação para prender Jack; o analista da CIA Jordan Reed (Giles Matthey); Chris Tanner (John Boyega), tenente do exército dos Estados Unidos acusado de estar envolvido com os terroristas; Anatol Stolnavich (Stanley Townsend), agente da inteligência russa que trabalha com os terroristas para conseguir o controle dos drones; Margot Al-Harazi (Michelle Fairley), chefe dos terroristas que planejam o ataque a Heller; Adrian Cross (Michael Wincott), chefe do grupo de hackers para o qual Chloe trabalha; Derrick Yates (Joseph Millson), hacker que criou o sistema capaz de invadir e controlar os drones; Alastair Davies (Stephen Fry), o Primeiro-Ministro britânico; e Wei (David Yip), o Presidente da China.

Viva Um Novo Dia também teria um mini-episódio especial, chamado 24 Horas: Solitária (24: Solitary), protagonizado por Tony Almeida, ambientado três anos após os eventos da série. Originalmente, esse episódio deveria ser exibido pela Fox, mas falta de espaço na grade de programação faria com que ele fosse lançado como um dos extras de Viva Um Novo Dia em DVD e Blu-ray.

Após Viva Um Novo Dia, a Fox decidiria investir em uma nova série de 24 Horas sem a presença de Jack Bauer, a qual decidiria chamar de 24: Legacy (muito criativamente "traduzida" para 24 Horas: Legacy aqui no Brasil), e que não teria o envolvimento da equipe criativa de 24 Horas, sendo criada e produzida por Manny Coto e Evan Katz, roteiristas de alguns episódios da série original. Assim como Viva Um Novo Dia, Legacy teria 12 episódios em tempo real, exceto pela última parte do último episódio, na qual ocorreria uma passagem de tempo de 12 horas. Os 12 episódios seriam exibidos entre 5 de fevereiro e 17 de abril de 2017, e o primeiro começaria ao meio-dia. A temporada é ambientada na cidade de Washington D.C., e seus eventos ocorrem três anos após o final de Viva Um Novo Dia.

O protagonista de Legacy é Eric Carter (Corey Hawkins), militar que acabou de retornar aos Estados Unidos após sua unidade encontrar e matar um perigoso terrorista. Pouco após seu retorno, porém, Carter percebe que os membros de sua unidade estão sendo caçados e assassinados um a um, porque um deles inadvertidamente pegou dentre os pertences do terrorista um pen drive que continha a localização de todas as células da organização em solo norte-americano, o qual eles pretendem recuperar antes que caia nas mãos das autoridades. Para encontrar o pen drive, salvar sua vida e impedir futuros ataques dessa organização, Carter recorre à ajuda de Rebecca Ingram (Miranda Otto), ex-diretora da CTU, atualmente casada com o Senador John Donovan (Jimmy Smits), que é candidato a Presidente dos Estados Unidos.

Outros personagens incluem o atual diretor da CTU de Washington, Keith Mullins (Teddy Sears); o analista veterano da CTU Andy Shalowitz (Dan Bucatinsky), que já foi comandado por Rebecca e a respeita, mas está insatisfeito por ter de trabalhar ao lado de Mariana Stiles (Coral Peña), jovem analista inexperiente prima de Edgar Stiles; Nicole Carter (Anna Diop), a esposa de Eric; Isaac Carter (Ashley Thomas), irmão de Carter que não se dá muito bem com ele devido a um passado em comum com Nicole; Ben Grimes (Charlie Hoffheimer), colega de Carter que sofre de Transtorno do Estresse Pós-Traumático; Nilaa Mizrani (Sheila Vand), chefe de campanha de Donovan; Henry Donovan (Gerald McRaney), pai do Senador e rico industrial do petróleo, disposto a fazer seu filho ganhar as eleições custe o que custar; e Jadalla bin-Khalid (Raphael Acloque), o chefe dos terroristas. O único personagem de 24 Horas a aparecer em alguns episódios é Tony; os produtores chegaram a negociar participações de Jack e Chloe, mas sem sucesso.

Apesar de toda a aposta da Fox, e de seu primeiro episódio, exibido pela Fox imediatamente antes do Super Bowl, a final da NFL, a liga de futebol americano profissional, ter tido mais de 20 milhões de espectadores, Legacy foi um fracasso de público e crítica, com sua audiência sendo baixa desde o segundo episódio e os principais críticos de TV considerando-a fraca em relação à série original, e "uma aposta que nada fez para evoluir o formato". Diante disso, a Fox desistiria de fazer de Legacy uma série regular, cancelando-a após a primeira temporada. A emissora ainda tem planos, porém, para, num futuro próximo, produzir uma nova série em tempo real como parte da franquia 24 Horas, usando outros personagens.

Legacy não seria a primeira série de 24 horas a não ser protagonizada por Jack; no início de 2007, seria produzida The Rookie ("o novato"), originalmente chamada The Rookie: CTU, série que poderia ser assistida exclusivamente online, protagonizada por Jason Blaine (Jeremy Ray Valdez), agente que está em seu primeiro dia na CTU. Cada um dos episódios tinha entre 3 e 5 minutos, e, a cada temporada, Blaine tem de lidar com um problema diferente: na primeira, ele deve impedir um assalto a banco; na segunda, ele deve levar um PDA (uma espécie de precursor do tablet) para seu chefe, Alton Maxwell (Eric Beck), enquanto é perseguido por um mafioso russo (Igor Korosec); e, na terceira, deve resgatar Maxwell do traficante Esteban Salazar (Jonathan P. Nichols), em sua primeira missão em campo. Outros personagens de destaque são as agentes da CTU Angie Lawson (Palmer Davis), da primeira e segunda temporadas, e Kate Wyman (Katrina Law), da terceira temporada. O primeiro episódio de The Rookie seria disponibilizado dia 15 de janeiro de 2007 (dia seguinte ao da estreia da sexta temporada de 24 Horas), e o último em 21 de abril de 2008; ao todo, seriam produzidos 12 episódios, sendo três da primeira temporada, três da segunda e seis da terceira.

Também vale citar como curiosidade que, em 2011, Anil Kapoor compraria os direitos de 24 horas para produzir uma versão da série filmada e ambientada na Índia, protagonizada por ele mesmo como Jai Singh Rathod, agente do governo indiano claramente inspirado em Jack, dividido entre a lealdade a seu país e à sua família. Assim como a série original, a indiana (que também se chama 24) é produzida em tempo real, com cada temporada tendo 24 episódios que correspondem às 24 horas de um único dia.

A série indiana é ambientada em Mumbai, onde fica localizada a central da ATU (da sigla em inglês para "unidade anti-terrorismo"), a versão indiana da CTU, da qual Jai é o diretor. Ao todo, seriam produzidas duas temporadas: a primeira, exibida entre 4 de outubro e 21 de dezembro de 2013, cujo primeiro episódio começa às três da tarde, é praticamente uma cópia da primeira temporada da série original, com algumas adaptações: Aditya Singhania (Neil Bhoopalam), candidato a Primeiro-Ministro da Índia, é alvo de um atentado planejado pelo Exército de Libertação da Etnia Tâmil, que sequestra a esposa e a filha de Jai para obrigá-lo a tomar parte no crime. Uma das principais mudanças é que Jai também tem um filho, Veer (Adhish Khanna), que está estudando em uma academia militar, e se junta à ATU na segunda metade da temporada, após sua mãe, Trisha (Tisca Chopra), e sua irmã, Kiran (Sapna Pabbi), serem resgatadas. Outros personagens de destaque da primeira temporada incluem Nikita Rai (Mandira Bedi), agente da ATU com quem Jai teve um caso extraconjugal; Tejpal Singh Sandhu (Adhir Bhatt), agente da ATU que, ao longo da temporada, se torna o melhor amigo de Jai; a assassina de aluguel Mehr (Nikkitasha Marwaha); e Ravinder (Kishor Kadam), o líder dos revolucionários, que foi preso por Jai no passado e deseja vingança.

A segunda temporada, ambientada três anos após a primeira, cujo primeiro episódio começa às dez da manhã, foi ao ar entre 9 de julho e 9 de outubro de 2016, e tem uma história inédita: após os eventos da primeira temporada, Jai se tornou um alcoólatra, se internou em uma clínica de reabilitação, e ganhou a inimizade de Veer (agora interpretado por Akshay Ajit Singh). Ao retornar à ATU, ele consegue prender um importante terrorista, Roshan Sherchan (Ashish Vidyarthi), e sua cúmplice, Shivani Malik (Sakshi Tanwar); para se vingar, o irmão de Sherchan, Haroon (Sikander Kher), planeja liberar um vírus mortal em Mumbai. Para detê-lo, Jai se infiltra dentre os terroristas, se envolvendo romanticamente com a perigosa Maya (Surveen Chawla). Por enquanto, a segunda temporada é a última, embora o contrato de Kapoor permita que ele filme até 192 episódios, o que daria um total de oito temporadas.

Para terminar, vale dizer que, apesar de todo o ocorrido na produção do filme, Grazer e Sutherland ainda não desistiram dele, e, após o final de Viva Um Novo Dia, voltariam a negociar sua produção com a Fox. As negociações andaram a passos de tartaruga, porém, e as últimas notícias a surgir sobre o cada vez mais improvável filme vieram em janeiro de 2016, quando Sutherland declarou não saber se o filme algum dia seria feito, mas esperar que a história de Jack Bauer não se encerrasse com os eventos da nona temporada, desejando que sua carreira tivesse um final apropriado, ou em um filme, ou em algum episódio, seja de uma nova temporada, seja de algum spin-off.

24 Horas

Parte 2

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domingo, 23 de setembro de 2018

Escrito por em 23.9.18 com 0 comentários

24 Horas (I)

Hoje eu vou falar de uma das minhas séries preferidas, 24 horas. Há pelo menos uns cinco anos, de vez em quando eu penso em falar sobre ela, e acabo desistindo; um dos motivos, acreditem ou não, é bem imbecil: eu nunca soube direito onde colocar o nome "24 Horas" na lista por ordem alfabética dos Textos Passados - eu sei que o mais usual é os números virem antes da letra A, mas eu preferiria que viesse no meio da letra V, de "vinte e quatro horas". Enfim, conforme eu já falei por aqui pelo menos uma vez, toda vez que um post "redondo" se aproxima (no caso, o 800), eu começo a pensar em quais assuntos eu vinha adiando até então, e sempre decido falar sobre alguns deles. Dessa vez, resolvi que o 24 vai vir antes do A mesmo e deixar de adiar esse assunto. Hoje é dia de 24 horas no átomo.

E semana que vem também, porque hoje eu vou fazer uma coisa que já não faço há algum tempo: o post ficou grande demais e eu vou dividir em dois. Mais assunto pra mim, menos cansaço pra vocês, todo mundo ganha.

24 horas (cujo nome original em inglês é apenas 24) foi uma criação dos produtores Joel Surnow e Robert Cochran, que, na época, produziam outra série de ação, La Femme Nikita. Foi Surnow quem teve a ideia de uma série com uma temporada de 24 episódios, sendo que cada episódio correspondia a exatamente uma hora, com os eventos se desenrolando em tempo real - ou seja, cada minuto passado para os personagens do episódio correspondia a exatamente um minuto do tempo dos espectadores. Seguindo esse sistema, cada temporada da série corresponderia a um único dia, com cada uma das 24 horas desse dia sendo apresentada em um dos episódios.

Surnow telefonaria para Cochran e lhe diria sua ideia, para ouvir do colega que era a pior ideia que ele já havia ouvido, que seria muito difícil de filmar uma série desse jeito, que não daria certo, e que ele deveria esquecê-la. Mas Surnow não esqueceu, e insistiu até que Cochran concordasse em se encontrar com ele para ouvir mais sobre sua ideia. Os dois, então, decidiriam se encontrar para almoçar no dia seguinte, e, durante o almoço, definiriam que a melhor solução para a série funcionar seria que ela fosse de ação e espionagem, com seu protagonista tendo de correr contra o tempo para solucionar algum problema.

Alguns dias depois, Surnow e Cochran apresentariam seu projeto para a Fox, que daria o sinal verde imediatamente, acreditando que a série representaria um novo marco na história da televisão. De tão empolgados, os executivos da Fox reservariam quatro milhões de dólares para a gravação do episódio piloto, mas, depois, decidiriam agir com mais cautela, e pediriam que fossem filmados apenas 13 episódios, com uma espécie de "final parcial" após o décimo-terceiro; dessa forma, se a série não fizesse sucesso, ela não ficaria com o horário preso em sua grade até a conclusão dos 24 episódios. Surnow e Cochran fariam conforme o determinado, com uma das tramas principais da temporada sendo concluída após o décimo-terceiro episódio; os três primeiros episódios fariam tanto sucesso, entretanto, que a Fox decidiria dar a luz verde para a produção dos 11 que faltavam logo após a exibição do terceiro. A repercussão da "conclusão parcial" no meio da temporada também seria tão boa que essa se tornaria uma das principais características da série: embora cada temporada tenha uma única trama central, é comum que em um determinado momento ocorra uma espécie de mudança de foco, com muitas das subtramas sendo encerradas e o protagonista ganhando um novo objetivo.

É interessante registrar que 24 horas não foi a primeira série de TV a usar o recurso do tempo real - várias outras, como Arquivo X, Frasier e Seinfeld tiveram episódios com acontecimentos em tempo real televisionados antes dela - mas foi a primeira na qual toda uma temporada tinha eventos exibidos em tempo real. Para facilitar a vida dos roteiristas e tornar isso possível, seriam usados alguns truques, sendo o principal deles que cada episódio representa uma hora, mas dura aproximadamente 45 minutos - o que significa que o tempo passado durante os comerciais também conta. Dessa forma, os roteiristas poderiam aproveitar os intervalos comerciais para colocar os personagens fazendo coisas que "não interessam" ao público, como se deslocando de um lugar a outro ou indo ao banheiro, por exemplo. Por causa disso, se for somado todo o tempo de toda uma temporada, descontando os comerciais, o resultado fica em torno de 17 horas, e não de 24.

Da mesma forma, a série não segue apenas o protagonista, com muitos outros personagens sendo envolvidos em subtramas; como, quando um deles está sendo mostrado, o tempo continua passando normalmente para todos os outros, frequentemente os personagens se viam envolvidos em reuniões, pesquisas, deslocamentos e outras atividades que justificavam não ser importante mostrar o que estavam fazendo naquele espaço de tempo. Quando era absolutamente imprescindível mostrar o que estava acontecendo com mais de um personagem simultaneamente, 24 horas usava o recurso da tela dividida, com até quatro personagens sendo mostrados ao mesmo tempo; a tela dividida raramente tinha diálogos, e, quando eles ocorriam, era apenas em uma das divisões, para não prejudicar a compreensão do público.

Devido ao recurso do tempo real, 24 horas não tinha efeitos comuns em outras séries de ação, como câmera lenta e flashbacks, exceto por um único flashback no último episódio da primeira temporada. Para que o público sempre soubesse que horas eram no universo da série, em determinados momentos era exibido na tela um relógio digital, que mostrava a passagem de alguns segundos; esse relógio também era exibido com destaque, em um fundo preto, antes e depois de cada comercial e ao final de cada episódio, com um som semelhante ao do temporizador de uma bomba relógio acompanhando a passagem de cada segundo - para demonstrar que o tempo havia passado durante os comerciais, o tempo desse relógio se ajustava de acordo, ou seja, se os comerciais haviam durado cinco minutos, havia uma diferença de cinco minutos entre o tempo do relógio exibido antes e o do exibido depois do comercial.

O episódio-piloto, que serviria como primeiro episódio da primeira temporada, iria ao ar em 6 de novembro de 2001; conforme já foi dito, a temporada teria 24 episódios, com o último sendo exibido em 21 de maio de 2002. O protagonista da série é o hoje mundialmente famoso Jack Bauer, interpretado por Kiefer Sutherland, que aceitaria o papel porque sua carreira no cinema estava em baixa; graças ao sucesso da série, ele voltaria a ser considerado um ator do primeiro time, e Jack se tornaria um dos mais populares personagens de ação de todos os tempos. Ex-militar pertencente a um grupo de elite, Jack é o diretor da sucursal da Califórnia de uma organização governamental fictícia chamada CTU (de Counter Terrorism Unit, "unidade contra-terrorismo"), que identifica e tenta evitar ataques terroristas em solo norte-americano. A primeira temporada ocorre durante o dia das eleições primárias (aquelas nas quais o candidato de cada partido é escolhido) para Presidente dos Estados Unidos, no qual um dos principais candidatos, o Senador David Palmer (Dennis Haysbert), estará visitando a cidade de Los Angeles. O primeiro episódio começa exatamente à meia-noite, o que significa que a temporada corresponde exatamente aos acontecimentos de um dia - o que, como veremos mais tarde, não foi o caso em nenhuma das demais.

A trama central da primeira temporada é a de que um grupo de terroristas liderado por Ira Gaynes (Michael Massee) sequestra a esposa e a filha de Jack, Teri (Leslie Hope) e Kim (Elisha Cuthbert), respectivamente, para obrigá-lo a assassinar Palmer. Como normalmente acontece, Jack não pode deixar seus colegas na CTU descobrirem que ele está sendo chantageado, o que leva a diversos atritos por causa de seu comportamento suspeito, principalmente por parte de George Mason (Xander Berkeley), que acusa Jack de tê-lo prejudicado no passado; e Nina Myers (Sarah Clarke), com quem Jack teve um caso extra-conjugal. Outros personagens incluem Tony Almeida (Carlos Bernard), agente da CTU que, ao longo da temporada, se torna o melhor amigo de Jack; Jamey Farrell (Karina Arroyave), programadora da CTU; Milo Pressmann (Eric Balfour), analista de informática da CTU; Ryan Chappelle (Paul Schultze), diretor da Divisão que coordena a CTU e chefe de Jack; Sherry Palmer (Penny Johnson Jerald), a esposa do Senador Palmer; Mike Novic (Jude Ciccolella), assessor parlamentar de Palmer; Aaron Pierce (Glen Morshower), agente do Serviço Secreto responsável pela proteção de Palmer; Alan York (Richard Burgi), pai de Janet (Jacqui Maxwell), amiga de Kim que está junto com ela quando ela é sequestrada; Rick Allen (Daniel Bess), amigo do namorado de Janet que se interessa por Kim; e Mandy (Mia Kirshner), moça misteriosa que trabalha para Gaynes.

Na metade da temporada, Jack consegue derrotar Gaynes e salvar Teri e Kim. Este teria sido o final caso a série tivesse sido cancelada por não ter feito sucesso; como não foi, Jack acabou descobrindo que, na verdade, quem estava por trás de tudo eram os irmãos Alexis (Misha Collins) e Andre Drazen (Zeljko Ivanec), que buscavam manter Jack ocupado enquanto resgatavam seu pai, Victor Drazen (Dennis Hopper), mercenário sérvio preso por Jack enquanto estava no exército. Após ser solto, Drazen pretende se vingar de Jack, que, enquanto tenta encontrá-lo, ainda tem de lidar com um traidor dentro da CTU.

A primeira temporada foi um grande sucesso de público e aclamada pela crítica. Kiefer Sutherland ganharia um Globo de Ouro de Melhor Ator em Série de TV de Drama, e a série como um todo seria indicada ao de Melhor Série de TV de Drama, perdendo para A Sete Palmos. A série também receberia nada menos que dez indicações ao Emmy, ganhando dois: Melhor Roteiro de Série de TV de Drama e Melhor Edição de Série de TV. 24 Horas também ganharia os prêmios de Melhor Novo Programa do Ano e Melhor Programa do Ano da Associação dos Críticos de TV dos Estados Unidos. Em 2009, o último episódio da primeira temporada entraria para a lista dos 100 Melhores Episódios de Séries de Todos os Tempos da conceituada revista TV Guide, na décima posição.

Com todo esse sucesso, é claro que a série ganharia uma segunda temporada - diz a lenda que a Fox telefonaria para Surnow e Cochran a encomendando logo após Sutherland ganhar seu Globo de Ouro. Com mais 24 episódios, a segunda temporada estrearia em 29 de outubro de 2002, com um episódio especial sem intervalos comerciais, e se concluiria em 20 de maio de 2003. O tempo entre uma temporada e outra não correria em tempo real, já que a segunda temporada é ambientada um ano e meio após o final da primeira; além disso, a temporada começa (e termina) às oito da manhã, o que significa que, apesar de retratar um intervalo de 24 horas, este não corresponde a um dia exato como na primeira.

Na segunda temporada, Palmer é o Presidente dos Estados Unidos e Jack se aposentou da CTU, com Mason assumindo o cargo de diretor. A principal trama envolve terroristas tentando explodir uma bomba nuclear em Los Angeles; como na primeira temporada, a bomba é evitada na metade da temporada, com a segunda sendo dedicada a expor documentos como fraudulentos, que podem levar os Estados Unidos a uma retaliação contra um país errado se isso não ocorrer. Jack se envolve nas investigações a pedido de Palmer, e a contragosto de Mason; enquanto ele tenta evitar o ataque terrorista, ainda tem de ajudar Kim, que trabalha de babá para uma família e decide fugir com a menina de quem deveria cuidar após descobrir que o pai dela a trata de forma violenta.

Além de Jack, Palmer, Mason e Kim, retornam à série Tony, Nina, Chappelle, Sherry, Novick, Pierce e Mandy. Os novos personagens incluem Kate Warner (Sarah Wynter), que desconfia que Reza Naiyeer (Phillip Rhys), namorado de sua irmã, Marie (Laura Harris) é um terrorista, e acaba se envolvendo com Jack durante as investigações; Michelle Dessler (Reiko Aylesworth), agente da CTU a cargo da operação liderada por Jack; Paula Schaeffer (Sara Gilbert), a nova programadora da CTU; Carrie Turner (Lourdes Benedicto), agente da CTU que antigamente era amiga de Michelle, mas ganhou sua inimizade ao se envolver com seu irmão e acabar com o casamento dele; Eric Rayburn (Timothy Carhart), chefe da Agência Nacional de Segurança; Lynne Kresge (Michelle Forbes), conselheira do Presidente Palmer; Jim Prescott (Alan Dale), o Vice-Presidente, que considera Palmer inepto para governar durante uma crise terrorista e quer assumir o cargo; Max (Thomas Kretschmann), traficante de armas alemão que planeja o atentado com a bomba nuclear; Peter Kingsley (Tobin Bell), contato de Max nos Estados Unidos, que o ajuda a pôr seu plano em prática; Sayed Ali (Francesco Quinn), terrorista que ajuda Max e Kingsley; Miguel (Innis Casey), o namorado de Kim; e Yusuf Auda (Donnie Keshawarz), agente secreto árabe que ajuda Jack em sua investigação.

Assim como a primeira, a segunda temporada seria um grande sucesso de público e crítica. Ela seria indicada a três Globos de Ouro (Melhor Série de TV de Drama, Melhor Ator em uma Série de TV de Drama - Kiefer Sutherland, e Melhor Ator Coadjuvante em uma Série de TV de Drama - Dennis Haysbert), mas não ganharia nenhum (o de Melhor Série de TV de Drama perderia para The Shield); no Emmy, seriam mais nove indicações, ganhando o de Melhor Composição Musical para uma Série de TV de Drama e novamente o de Melhor Edição de Série de TV. Seu desempenho na série também renderia a Sutherland um Prêmio da Guilda dos Atores dos Estados Unidos na categoria Performance Excepcional de um Ator em uma Série de TV de Drama.

A terceira temporada, assim como a segunda, estrearia com um episódio especial sem intervalos comerciais. Seus 24 episódios seriam exibidos entre 28 de outubro de 2003 e 25 de maio de 2004, retratando os eventos ocorridos entre uma hora da tarde de um dia e uma hora da tarde do dia seguinte. A terceira temporada é ambientada três anos após o final da segunda, tempo durante o qual Jack, reintegrado à CTU, trabalhou infiltrado em um cartel mexicano de tráfico de drogas. Palmer está em seu segundo mandato, e a ameaça terrorista da vez consiste em um vírus mortal que um grupo planeja trazer e liberar nos Estados Unidos usando os contatos do cartel, o que envolve Jack mais uma vez nas investigações. Diferentemente das outras duas temporadas, a história do vírus é mantida ao longo dos 24 episódios, com a única mudança no meio sendo que o cartel deixa der ser relevante para o enredo após o vírus chegar a seu comprador.

Na terceira temporada, Palmer está concorrendo a seu segundo mandato, se separou de Sherry, e namora sua médica, a Dra. Anne Packard (Wendy Crewson), o que Sherry seus opositores querem transformar em um escândalo; Kim passa a trabalhar como programadora da CTU, e se envolve romanticamente com o agente Chase Edmunds (James Badge Dale), subordinado a Jack, tendo que manter seu relacionamento em segredo. Tony e Michelle começam um relacionamento romântico, que pode interferir em seus deveres como agentes da CTU. E a terceira temporada introduz uma das personagens mais importantes da série, Chloe O'Brian (Mary Lynn Rajskub), programadora da CTU caxias, arrogante e insuportável, mas extremamente inteligente e de grande coração, que acaba se tornando uma das mais importantes, senão a mais importante de todos os aliados de Jack.

Além de Jack, Palmer, Sherry, Packard, Kim, Chase, Tony, Michelle e Chloe, a terceira temporada conta com Chappelle, Pierce, Nina, Prescott e com os novos personagens Adam Kaufmann (Zachary Quinto), analista de informática da CTU; Gael Ortega (Jesse Borrego), agente da CTU; Eric Richards (Butch Klein), interrogador da CTU; Wayne Palmer (D.B. Woodside), irmão e assessor do Presidente Palmer; Alan Milliken (Albert Hall), o mais importante financiador da campanha de Palmer; Julia Milliken (Gina Torres), esposa de Alan, que tem um caso secreto com Wayne; Ramon Salazar (Joaquim de Almeida), chefe do cartel mexicano; Hector Salazar (Vincent Latresca), irmão de Ramon, que não confia em Jack; Claudia Hernandez (Vanessa Ferlito), namorada de Hector, que teve um caso com Jack enquanto ele estava no cartel; Stephen Saunders (Paul Blackthorne), ex-agente do MI6 que trabalhou com Jack na operação que resultou na prisão de Drazen, e quer trazer o vírus para os Estados Unidos por se sentir traído pelo governo norte-americano; Michael Amador (Greg Ellis), traficante de armas que trabalha com Saunders; e a Dra. Sunny Macer (Christina Chang), chefe do Centro de Controle de Doenças.

A terceira temporada finalmente ganharia o Globo de Ouro de Melhor Série de TV de Drama, além de render a Sutherland mais uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator em uma Série de TV de Drama. No Emmy, seriam oito indicações, ganhando quatro: Melhor Edição de Série de TV (pela terceira vez), Melhor Mixagem de Som de Série de TV; Melhor Escolha de Elenco para uma Série de TV de Drama; e Melhor Coordenação de Dublês.

Para a quarta temporada, a Fox tentaria um novo formato, motivado pelo fato de que ela obteria os direitos de transmissão da World Series, a final da MLB, a liga de beisebol profissional dos Estados Unidos: para não correr o risco de ter de passar várias semanas seguidas sem exibir episódios, já que, além da World Series, ela também exibiria, como nos anos anteriores, vários jogos dos play-offs, a Fox decidiria não iniciar a temporada em setembro, e sim apenas em janeiro do ano seguinte, com dois episódios seguidos sendo exibidos no primeiro, no segundo e no último dias, para possibilitar que a temporada se encerrasse em maio como de costume; assim, os 24 episódios da quarta temporada seriam exibidos entre 9 de janeiro e 23 de maio de 2005. A quarta temporada é ambientada um ano e meio após o fim da terceira, e seu primeiro episódio começa às sete horas da manhã.

A quarta temporada também seria a primeira a contar com uma "prequência", um episódio especial de dez minutos mostrando os acontecimentos ocorridos entre a terceira e a quarta temporadas; em diversos países, esse episódio seria exibido imediatamente antes do primeiro episódio da quarta temporada, mas curiosamente não nos Estados Unidos, onde ele jamais foi televisionado, podendo ser assistido apenas como um extra do box em DVD da terceira temporada. Também seriam produzidos 12 episódios de um minuto cada chamados 24: Conspiracy, que poderiam ser assistidos exclusivamente através do serviço de telefonia celular da Fox, e também mostravam acontecimentos ocorridos na CTU entre a terceira e a quarta temporadas.

Após a terceira temporada (conforme mostrado na "prequência"), Jack foi demitido da CTU, conheceu e se envolveu romanticamente com Audrey Raines (Kim Raver), filha do Secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Heller (William Devane), o que lhe garantiu um posto como assessor do Secretário. O Presidente dos Estados Unidos é John Keeler (Geoff Pierson), o oponente de David Palmer na eleição que foi disputada logo após a terceira temporada. Assim como a terceira temporada, toda a quarta temporada possui uma única ameaça, uma célula terrorista árabe infiltrada em Los Angeles que planeja um atentado contra o presidente, embora os planos da célula mudem três vezes ao longo da temporada - incluindo roubar os códigos dos mísseis nucleares norte-americanos do Presidente, para poder dispará-los. Jack, apesar de não fazer mais parte da CTU, se envolve porque Heller faz parte do primeiro plano dos terroristas, que querem sequestrá-lo para chantagear o Presidente.

No início da quarta temporada, Surnow e Cochran queriam romper com as três anteriores, introduzindo vários personagens novos e deixando de usar os antigos; assim, inicialmente, os únicos personagens "repetidos" em relação às temporadas anteriores são Jack, Keeler e Chloe. A nova CTU é dirigida por Erin Driscoll (Alberta Watson), que tem punho de ferro e não vai com a cara de Jack; seu principal agente é Curtis Manning (Roger Cross), que acaba se tornando amigo de Jack ao trabalhar com ele; os programadores são Chloe, a ambiciosa Sarah Gavin (Lana Parrilla) e o ingênuo Edgar Stiles (Louis Lombardi); além deles, há o chefe dos agentes de campo, Bill Buchanan (James Morrison), e a consultora Marianne Taylor (Aisha Tyler), que, no passado, teve um relacionamento amoroso com Curtis.

Infelizmente, a estratégia dos produtores não deu certo, e a audiência da quarta temporada começou bem baixa. Para tentar salvá-la, eles trouxeram de volta vários personagens antigos: Tony e Michelle retornam à CTU, David Palmer passa a ser um consultor especial do governo, Novick retorna como assessor da presidência, Pierce passa a ser o chefe do Serviço Secreto, e Mandy retorna como uma vilã secundária. A maioria dos personagens novos foi deixando a série aos poucos, exceto Curtis, Sarah e Edgar; Roger Cross e Lana Parrilla, inclusive, seriam promovidos do elenco secundário (guest starring) para o principal, sendo os dois únicos atores com os quais ocorreu isso em todas as temporadas da série.

Outros novos personagens da quarta temporada incluíam três membros de uma família árabe suspeitos de serem terroristas, o pai, Navi Araz (Nestor Serrano), a mãe, Dina (Shohreh Aghdashloo), e o filho, Behrooz (Jonathan Ahdout); Habib Marwan (Arnold Vosloo), chefe da célula terrorista; Richard Heller (Logan Marshall-Green), filho mais novo do Secretário, suspeito de também estar envolvido com os terroristas; Paul Raines (James Frain), ex-marido de Audrey; Charles Logan (Gregory Itzin), o Vice-Presidente dos Estados Unidos; Walt Cummings (John Allen Nelson), o assessor de Logan; e Cheng Zhi (Tzi Ma), o Cônsul da China. Apesar de ter a audiência mais baixa até então, a quarta temporada foi recordista em indicações ao Emmy, com 11, ganhando três (Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som e Melhor Coordenação de Dublês); ela só teria uma indicação ao Globo de Ouro, a de Melhor Série de TV de Drama, perdida para Nip/Tuck.

Aparentemente, Surnow e Cochran estava convencidos de que o melhor caminho para a série era se livrar dos personagens antigos, e, assim, logo no primeiro episódio da quinta temporada, David Palmer, Tony e Michelle sofrem atentados, o que faz com que Jack, que, após os eventos da temporada anterior, teve de arrumar uma identidade falsa e se esconder em uma pequena cidade da Califórnia, decida retornar para tentar descobrir quem teriam sido os responsáveis. Ambientada um ano e meio após os eventos da quarta temporada, e mais uma vez com o primeiro episódio começando às sete horas da manhã, a quinta temporada seria exibida entre 15 de janeiro e 22 de maio de 2006. Assim como a quarta, a quinta temporada também teria uma "prequência", exibida em vários países mas não nos Estados Unidos, onde estava presente no DVD da quarta temporada.

Dessa vez, a estratégia dos produtores daria certo: a quinta temporada é considerada como a melhor da série, tendo os maiores índices de audiência e tendo sido indicada a nada menos que 12 Emmys, ganhando cinco: Melhor Série de TV de Drama, Melhor Ator em uma Série de TV de Drama (Sutherland), Melhor Diretor em uma Série de TV de Drama (Jon Cassar, que dirigiu 10 dos 24 episódios), Melhor Composição Musical para uma Série de TV de Drama e Melhor Edição de Série de TV. Cassar também ganharia o Prêmio de Melhor Diretor da Guilda dos Diretores dos Estados Unidos, e a quinta temporada também seria indicada a dois Globos de Ouro, mas não ganharia nenhum dos dois: Melhor Ator em uma Série de TV de Drama (Sutherland) e Melhor Série de TV de Drama (perdido para Grey's Anatomy) - vale citar, aliás, que a quinta temporada seria a última da série a receber indicações ao Globo de Ouro. Finalmente, o primeiro episódio da quinta temporada detém o recorde de maior audiência de todos os episódios da série.

Assim como as duas primeiras, a quinta temporada teria duas partes distintas: na primeira, terroristas tentam roubar e usar em um atentado cilindros contendo um gás que age sobre o sistema nervoso; na segunda, Jack investiga a participação de membros do governo no atentado. Dentre os personagens antigos, retornam Jack, Tony, Michelle, Chloe, Curtis, Buchanan, Edgar, Kim, Audrey, Heller, David e Wayne Palmer, Novick, Pierce, Cummings, Cheng Zhi e Logan (agora Presidente). Os novos incluem a Primeira-Dama Martha Logan (Jean Smart) e sua assistente Evelyn Martin (Sandrine Holt); Karen Hayes (Jayne Atkinson), ex-agente do FBI e diretora do Departamento de Segurança Nacional; Miles Papazian (Stephen Spinella), assistente de Hayes; Lynn McGill (Sean Astin), enviado por Hayes para ser o novo diretor da CTU; a analista da CTU Shari Rothenberg (Kate Mara); Morris O'Brian (Carlo Rota), ex-marido de Chloe contratado para assessorar a CTU; o ex-diretor da CTU Christopher Henderson (Peter Weller); Vladimir Bierko (Julian Sands), bilionário russo líder de um grupo separatista; Ivan Erwich (Mark Sheppard), terrorista que trabalha para Bierko; Collette Stenger (Stana Katic), uma traficante de informações; Hal Gardner (Ray Wise), o Vice-Presidente dos Estados Unidos; Yuri Suvarov (Nick Jameson), o Presidente da Rússia, que vem a Los Angeles assinar um acordo com Logan; Anya Suvarov (Kathleen Gati), a Primeira-Dama da Rússia; a namorada de Jack quando ele está escondido, Diane Huxley (Connie Britton), e seu filho, Derek (Brady Corbet); e Graem Bauer (Paul McCrane), irmão de Jack.

Curiosamente, enquanto a quinta temporada é considerada a melhor, a sexta é considerada a pior, tanto que foi a primeira a não ter nenhuma indicação ao Globo de Ouro, e, de suas seis indicações ao Emmy, só ganhou um, o de Melhor Edição de Som para uma Série. Na primeira metade da temporada, uma série de ataques terroristas ocorre em todos os Estados Unidos, e um homem alega conhecer a localização do responsável pelos ataques, estando disposto a revelá-la desde que o governo lhe entregue Jack, com quem quer acertar as contas devido a uma desavença do passado; na segunda, Jack se vê em posse de um circuito impresso de importância vital para o governo, e é chantageado para entregá-lo aos chineses; paralelamente a esses eventos, ele descobre que seu pai e seu irmão estavam envolvidos com os terroristas da temporada anterior, e podem também estar com os dessa. Ambientada 20 meses após o final da quinta, a sexta temporada seria exibida entre 14 de janeiro e 21 de maio de 2007, e seu primeiro episódio começaria às seis da manhã.

Dos personagens antigos, retornam Jack, Chloe, Morris, Buchanan, Hayes, Milo, Curtis, Audrey, Heller, Logan, Martha, Cheng Zhi, Suvarov, Anya, Pierce, Graem, e Wayne Palmer, que agora é o Presidente dos Estados Unidos. Os novos personagens incluem Phillip Bauer (James Cromwell), o pai de Jack; Marilyn Bauer (Rena Sofer), esposa de Graem que teve um relacionamento romântico com Jack antes de se casar; Josh Bauer (Evan Ellingson), filho de Graem e sobrinho de Jack (com algumas indicações de que, na verdade, seria filho de Jack, embora essa trama aparentemente tenha sido abandonada em meio à temporada); Noah Daniels (Powers Boothe), o Vice-Presidente dos Estados Unidos; Lisa Miller (Kari Matchett), assessora de Daniels; Tom Lennox (Peter MacNicol), o Chefe de Gabinete da Presidência; Reed Pollock (Chad Lowe), assessor de Lennox; Nadia Yassir (Marisol Nichols), agente da CTU que passa por maus bocados apenas por ser de família árabe; Mike Doyle (Rick Schroder), chefe das operações de campo da CTU; Sandra Palmer (Regina King), advogada irmã de David e Wayne; Walid al-Rezani (Harry Lennix), cliente de Sandra preso injustamente somente por ser árabe; Abu Fayed (Adonis Maropis), terrorista que tem contas a acertar com Jack; Hamri al-Assad (Alexander Siddig), ex-terrorista disposto a colaborar com a Casa Branca para impedir os ataques; Dmitri Gredenko (Rade Serbedzija), contato dos terroristas na Rússia; Anatoly Markov (John Noble), cônsul da Rússia envolvido com os terroristas; Mark Bishop (Michael Shanks), lobista que tem um caso com Lisa; e Ethan Kanin (Bob Gunton), o Secretário de Defesa.

A sexta temporada seria a última a contar com uma "prequência", dessa vez não exibida por nenhum canal de TV, estando apenas presente nos lançamentos em DVD da quinta temporada. Uma série de dez episódios de dois minutos cada, mostrando o que ocorreu logo após o final da temporada, também foi produzida, com o nome de 24: Debrief. Originalmente, esses episódios poderiam ser assistidos online, mas apenas por quem tivesse um cartão American Express; quando a sexta temporada foi lançada em DVD, porém, eles foram incluídos como um dos extras. No mesmo dia de 24: Debrief, seria lançado 24: Day Zero, uma série de 12 episódios animados de dois minutos cada, que mostravam o primeiro dia de trabalho de Jack como diretor da CTU, antes dos eventos da primeira temporada.

Hoje vamos parar por aqui. Semana que vem, mais 24 Horas!

24 Horas

Parte 1

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